Chaguim (Festas Judaicas)

2018 - 5778
31 de janeiro - Tu Bishvat
28 de fevereiro - 1ª noite de Purim
01 de março - Purim
30 de março - 1ª noite de Pessach
30 de março a 7 de abril - Pessach
3 de maio- Lag Baomer
19 de maio - 1ª noite de Shavuot
19 a 21 de maio - Shavuot
9 de setembro – Véspera de Rosh Hashaná
10 de setembro – 1º dia Rosh Hashaná
11 de setembro - 2º dia Rosh Hashana

18 de setembro – Véspera de Yom Kipur
19 de setembro – Yom Kipur
23 de setembro – 1ª noite de Sukot

30 de setembro - Shemini Atseret
1 e 2 de outubro – Simchat Torá
2 de dezembro - 1ª noite de Chanuká
2 a 10 de dezembro – Chanuká



Um pouquinho de cada Chag...

Rosh Hashana - Ano Novo Judaico - O Dia do Ano Novo judaico não é apenas uma ocasião de alegria mas, um dia dedicado à oração. É chamado Yom Hazicaron (Dia da Memória) - quando todas as criaturas são julgadas pelo Criador de acordo com seus méritos. Devemos lembrar que o Supremo Juiz do Universo é bondoso e misericordioso. Seu propósito não é punir. D'us apenas quer que sigamos as Leis e regulamentos que Ele nos impôs para nosso próprio bem. Durante o mês de Elul, com a aproximação de Rosh Hashaná, tomamos a resoluta determinação de corrigir qualquer mal feito ou hábito descuidado do passado. Um sentimento toma conta do coração do verdadeiro arrependido, como se removesse um fardo pesado do passado. É o sentimento de poder recomeçar a vida como uma criança recém-nascida, sem máculas nos seus registros. São estes os sentimentos que o judeu traz à sinagoga na primeira noite de Rosh Hashaná. Ele se encontra próximo a D'us, e as orações vem da sua sincera vontade de retornar ao Criador.


Yom Kipur - Dia de Jejum - Yom Kipur é o Dia da Expiação, sobre o qual declara a Torá: "No décimo dia do sétimo mês afligirás tua alma e não trabalharás, pois neste dia, a expiação será feita para te purificar; perante D'us serás purificado de todos teus pecados." Esclarecendo a natureza de Yom Kipur, o Rambam escreve: "É o dia de arrependimento para todos, para o indivíduo e para a comunidade; é o tempo do perdão para Israel. Por isso todos são obrigados a se arrepender e a confessar os erros em Yom Kipur."A expiação obtida através de Yom Kipur é muito mais elevada que aquela conseguida através do arrependimento, pois neste dia os judeus e D'us são apenas um. O judeu une-se com D'us para revelar um vínculo intocável pelo pecado, sem obstáculos.Teshuvá, o retorno do judeu ao bom caminho, não está restrito apenas a Yom Kipur. Há muitas outras épocas que são propícias para que isto ocorra, e na verdade, um judeu pode, e deve, ficar em estado de reflexão, alerta e arrependimento todos os dias do ano.

Sukot - Festa da Colheita - Em Sucot, temos uma mitsvá (preceito) singular, que é a construção de uma sucá; a única mitsvá que literalmente envolve a pessoa de corpo inteiro, com suas vestes materiais.Para que o judeu não se esqueça de seu verdadeiro propósito na vida, D'us, em Sua infinita sabedoria e bondade, nos faz deixar nossas casas confortáveis nesta época, para habitar numa frágil sucá, cabana, por sete dias. A sucá nos lembra que confiamos em D'us para nossa proteção, pois a sucá não é nenhuma fortaleza, nem ao menos fornecendo um telhado sólido sobre nossa cabeça. Lembra-nos também de que a vida nesta terra é apenas temporária.


Shemini Atseret - Em conexão com a festa de Shemini Atsêret (o Oitavo Dia de Assembléia), nossos Sábios nos contam uma bela parábola:
"Um rei certa vez promoveu uma grande festa e convidou príncipes e princesas a quem apreciava muito para seu palácio. Tendo passado vários dias juntos, os hóspedes prepararam-se para ir embora. Porém o rei lhes disse: "Peço-lhe, fiquem mais um dia comigo, é difícil ficar longe de vocês!"
Assim acontece conosco, nossos Sábios concluem a parábola. Passamos muitos dias felizes na sinagoga. D'us deseja nos ver por mais um dia na sinagoga, e por isso Ele nos concede uma festa adicional - Shemini Atsêret. Em algumas congregações é costume fazer Hacafot (danças com a Torá) na noite de Shemini Atsêret, assim como na noite de Simchat Torá. A leitura da Torá no Serviço Matinal de Shemini Atsêret fala do mandamento de dar o dízimo. O serviço de Mussaf, Prece Adicional, é assinalado pela prece especial com pedidos para que haja chuva.


Simchat Torá - Hacafot (Dança com a Torá) - União e igualdade de direitos são temas-chave de Shemini Atsêret e Simchat Torá, datas nas quais nos alegramos com a Torá. A melhor maneira de celebrar Simchat Torá seria dedicar os dois dias à leitura da Torá. Mas é justamente o contrário que ocorre. Todos os judeus, sem exceção, pegam a Torá fechada e dançam com ela nos braços.
O ato encerra uma grande lição: se os festejos fossem realizados com a Torá aberta, com sua leitura, haveria distinções entre um judeu e outro, pois a compreensão e o conhecimento de cada um são diferentes. Com a Torá fechada, mostramos a união e a igualdade de todos os judeus, unidos pela mesma alegria. O texto não é lido, mas todos sabem que é algo precioso e, por isso, dançam juntos e em total alegria.


Chanuká - Festa das Luzes - Antiocus foi apoiado por milhares de soldados de seu exército. Em 165 AEC, os Macabeus, corajosos lutadores oriundos de uma família de muita fé, os Chashmonaim, apesar do antagonismo esmagador, saíram vitoriosos de uma batalha travada contra o inimigo.O Templo Sagrado, violado pelos rituais greco-pagãos, foi novamente purificado e consagrado e a Menorá (candelabro) reacesa com o azeite puro de oliva, descoberto no Templo.A quantidade encontrada era suficiente para apenas um dia, mas milagrosamente durou 8 dias, até que um novo óleo puro pudesse ser produzido e trazido ao Templo. Em lembrança destes milagres comemoramos Chanucá durante oito dias.


Tu BiShvat - Tu Bishvat, o 15 de Shevat no calendário judaico, é o dia que assinala o início de um "Ano Novo das Árvores." Essa é a estação na qual os primeiros brotos das árvores na Terra Santa emergem de seu sono invernal, e começam um novo ciclo de produção frutífera.


Purim - Origina-se da palavra "Pur", sorteio. Referente a data em que Haman sorteou e marcou para o aniquilamento de todo o povo judeu. Na verdade, transformou-se na data de sorte do povo judeu, quando então foi salvo e saiu-se vitorioso. Esta data marcou para sempre o dia em que comemora-se com grande alegria a festa de Purim.


Pessach - Festa da Libertação do Povo Judeu - A história de Pêssach inicia nos dias do patriarca Avraham (Abraão). Quando D'us prometeu um herdeiro a Avraham, cujas sementes seriam tão numerosas como as estrelas, D'us também informou-o do longo período de escravidão que seus descendentes sofreriam por 400 anos, até que fossem libertados. O primeiro dos descendentes de Avraham a chegar ao Egito foi seu bisneto Yossef (José), cuja miraculosa ascensão de escravo à quase realeza é uma das mais inspiradoras narrativas da Torá. Na dramática história de Yossef e seus irmãos, podemos ver claramente a mão condutora da Divina Providência que levou Yaacov (Jacó) e sua família ao Egito. A chegada de Yaacov e sua família no Egito foi uma marcha triunfal. Assim foi também a partida, 210 anos depois, de seus filhos, os filhos de Israel, do Egito. Esta era a diferença: a pequena família de setenta pessoas havia se tornado uma nação grandiosa e unificada de três milhões de almas, das quais, 600.000 homens adultos. A história de Pêssach, termina no seu ponto alto em Shavuot, (festa da Outorga da Torá no Monte Sinai), é a história do nascimento de um "reino de sacerdotes e nação sagrada": O povo judeu.


Lag Baomer - Lag Baômer significa “33º do Ômer," pois este é o 33º dia da "Contagem do Ômer" que tem a duração de 49 dias, conectando Pêssach a Shavuot, e interligando a jornada dos judeus na saída do Êgito até a chegda ao Monte Sinai. No calendário judaico, este corresponde ao 18º dia do mês de Iyar.Lag Baômer celebra a vida e os ensinamentos de dois dos mais notáveis Sábios da história judaica: Rabi Akiva e Rabi Shimon Bar Yochai.

Shavuot - Festa do Recebimento da Torá - Shavuot é o dia da outorga da Torá. Segundo dos três maiores Dias Festivos (Pêssach é o primeiro e Sucot o terceiro). A palavra Shavuot significa "semanas": assinala a compleição das sete semanas entre Pêssach e Shavuot (o período do ômer), durante o qual o povo judeu preparou-se para a Outorga da Torá. Durante este tempo, purificou-se das cicatrizes da escravidão e tornou-se uma nação sagrada, pronta a entrar em uma aliança eterna com D'us.


Fonte: www.chabad.org.br